Tão perto do Guandu e tão longe da água tratada

Compartilhar

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp

A Baixada Fluminense vive uma agonia histórica com a falta d´água. Mesmo do lado do Guandu, bairros inteiros sofrem com a ineficiência do serviço. Entra ano, sai ano, e o povo continua sofrendo sem água na torneira, tendo que apelar para ligações clandestinas, poços de qualidade duvidosa e até mesmo para a velha lata d´água na cabeça.

Além do precário abastecimento, a região, de quase 4 milhões de habitantes, amarga os piores índices de saneamento. O Instituto Trata Brasil estudou as condições de saneamento nas 100 maiores cidades do País, onde vivem 40% da população. Quatro cidades da Baixada foram avaliadas — Nova Iguaçu, São João de Meriti, Duque de Caxias e Belford Roxo —, e ficaram entre as últimas posições.

Com 801.746 habitantes, Nova Iguaçu ficou com a 95ª colocação no ranking, apenas cinco posições à frente do último colocado, Porto Velho, a capital de Rondônia, na Região Norte. O resultado negativo se deu principalmente por causa da falta de esgoto tratado — apenas 0,37% —, e a perda de água, de quase 30%.

Logo atrás , em 94ª lugar, ficou São João de Meriti, com 460.062 habitantes. O abastecimento de água chega a 92,78% da população, mas — segundo o estudo — 32% são desperdiçados em vazamentos ou ligações clandestinas. Já a coleta de esgoto não alcançou nem a metade dos moradores e não há sequer uma estação de tratamento.

O próprio município do Rio – quase todo atendido pela Cedae – aparece em 50º lugar no ranking do Trata Brasil que avalia a qualidade dos serviços prestados nessa área.

Por outro lado, municípios que aderiram à concessão ou privatização dos serviços de água e saneamento hoje apresentam resultados muito positivos, caso de Niterói, onde 100% da população recebe água encanada e 93% têm redes de esgoto. Além de Petrópolis, Campos e Volta Redonda que também melhoraram o sistema após entregarem o serviço de distribuição a grupos privados.

Pagamos um alto preço por um serviço péssimo, que nunca melhora. Onde está o lucro nisso? Quem ganha com isso? Se a Cedae é uma empresa que dá lucro, único bem ativo do estado, esse lucro não é revertido em melhorias para quem mais precisa.

Por isso é fundamental dar solução à baixa rede de cobertura de saneamento na região metropolitana do Rio. E disso dependem também os avanços na qualidade da saúde e nas obras de infraestrutura, por exemplo. Hoje há reservatórios na Baixada que nunca funcionaram.

RECEBA NOSSOS INFORMATIVOS NO SEU EMAIL OU POR WHATSAPP

Mais notícias

Presidenta do PT diz que papel do ex-secretário de Assuntos Federativos vai além da sua

Lei determina a instalação de composteiras orgânicas nas escolas e foi proposta através da plataforma

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano

Fotos: Antônio Pinheiro O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrastou uma multidão pelas ruas