Presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) fala sobre o cenário político estadual
Em entrevista sobre o cenário político do Estado e a próxima eleição para presidente da Alerj, o deputado e presidente do parlamento estadual, André Ceciliano (PT), revelou o papel desempenhado por lideranças políticas na eleição presidencial que teve a vitória de Lula. Ele afirma que o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL) já conta com 36 votos, ou mais da metade da composição dos 70 deputados estaduais eleitos, o que lhe permite uma situação amplamente confortável para a eleição que irá definir quem será o novo presidente do parlamento estadual no próximo biênio. E também fala sobre o que o futuro governo Lula pode fazer por áreas como saúde e economia no Estado. (leia mais abaixo)
Candidato derrotado na disputa para o Senado, André Ceciliano admite que esta semana deve convencer outros que estão cotados como candidatos a chegar a um consenso, caso dos deputados Jair Bitencourt (PL) e Márcio Canella (União Brasil), o mais votado do Estado na última eleição. (leia mais abaixo)
CAMPOS QUASE VIRA – Estive em Campos três vezes, e na última vez conversei com o prefeito Wladimir Garotinho para que ele pudesse liberar os secretários e vereadores que queriam fazer a campanha de Lula. Fizemos uma carreata com mais de 1 mil automóveis, com as pessoas saindo às ruas toalhas e camisas vermelhas. Foi lindo e fantástico. Achei até que a gente tinha chance de virar lá, tão forte foi a manifestação. (leia mais abaixo)
MAIOR ALIADO – Nosso maior aliado no Estado do Rio de Janeiro é o prefeito Eduardo Paes (PSD), e tenho certeza que 98% dos petistas pensam assim. Eduardo não quer cargo ou indicar ministros para o governo. O que ele quer é parcerias para o governo fazer investimentos no Rio, com obras de infraestrutura, como saneamento e urbanização para trazer melhorias nas favelas. (leia mais abaixo)
EVANGÉLICOS FIZERAM A DIFERENÇA – No Rio tivemos o uso de muita máquina, somando-se o governo do estado e muitas prefeituras contra nós. Na Baixada só tivemos o prefeito de Belfort Roxo, Vaguinho, que foi um herói, sendo inclusive perseguido e ameaçado. Mas o maior eleitor do Estado do Rio de Janeiro foram os pastores evangélicos. Não deveria ser assim porque o Lula sancionou a Lei de Liberdade Religiosa, a da Marcha para Jesus, além de mudar o Código Civil para criar uma figura própria para as igrejas evangélicas que nunca cresceram tanto como nos governos do presidente Lula. Todos os líderes e religiões evangélicas ficaram com Cláudio Castro, consequentemente com Bolsonaro. Isso fez muito a diferença. (leia mais abaixo)
BOLSONARO E O RIO – “O Governo federal não tem um real investido no Estado do Rio de Janeiro. Nós tivemos nos governos Lula (de 2003 a 2010) cerca de 22 milhões de empregos, só no Rio de Janeiro fora 4,3 milhões, com base na indústria naval. No Minha Casa, Minha Vida, que vai ser retomado, foram mais de 220 mil moradias no Rio, quando a construção civil estava voando aqu. Mas por incrível que pareça eles tiveram 56% de votos no Rio. É um fenômeno que precisa ser estudado. Nas vezes que precisamos do governo federal para a questão do Aeroporto do Galeão ou do Palácio Capanema, eles viraram as costas para o Rio. No Regime de Recuperação Fiscal, se dependesse do ministro Paulo Guedes, o Rio estaria com as contas bloqueadas”. (leia mais abaixo)
HOSPITAIS FEDERAIS NA CAPITAL – “Conversei com Lula sobre vários assuntos. O Rio tem uma rede importantíssimas com 8 hospitais federais e, se você somar os hospitais universitários e das Forças Armadas são 31 unidades federais que são suficientes zerar a filas de atendimento. Foram 1.800 leitos fechados na Covid por falta de investimentos, de recursos humanos, insumos e equipamentos”. (leia mais abaixo)
ESTALEIROS – “São 16 estaleiros privados e dois públicos no Rio. A Petrobras aluga 360 embarcações por ano. Se 30% da frota fizer o reparo aqui, a gente reabre quase todos os estaleiros no Rio. Assim já seriam mais de 100 mil empregos só no setor de petróleo e gás no Estado do Rio de Janeiro”. (leia mais abaixo)
COMPERJ – Eu não tenho dúvida que o presidente Lula vai retomar as obras do Comperj, é uma questão de honra. Nós temos o petróleo, precisamos refinar para não importarmos de outros países. A Petrobras tem que ser mãe do Rio, não madrasta. O Rio produz em média mais de 80% do petróleo produzido no Brasil, mais de 70% do gás. A companhia contabilizou R$ 145 bilhões de lucros que foram parar nas mãos de acionistas nacionais e estrangeiros, lucro obtido em cima do povo brasileiro, que compra combustíveis, assim como o gás de cozinha e o GNV.