RIO – Foi sancionada nesta segunda-feira, dia 27, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Lei 9.417/21, que concede ao Sítio Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, o título de Patrimônio Cultural do Estado do Rio. De autoria do deputado André Ceciliano (PT), a lei prevê a realização de ações e convênios para financiamento de obras e ações de manutenção da propriedade pelo Poder Executivo.
O Projeto de Lei foi votado e aprovado pela Alerj no dia 1º de setembro. No último mês de julho, a Unesco reconheceu o Centro Cultural como Patrimônio Mundial da Humanidade, após um longo e rigoroso processo, que levou cerca de seis anos. A gestão da propriedade, que foi doada ao Governo Federal em 1985, é de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Diretora do sítio, Claudia Storino conta que não sabia do andamento do Projeto de Lei na Alerj e foi surpreendida pela notícia do reconhecimento, nesta segunda-feira. Para ela, a iniciativa é positiva e necessária.
— Acho que é positivo. Achei interessante e acho que todo movimento em favor do patrimônio cultural é válido, importante e necessário. Fico à disposição do governo do estado e feliz por mais um reconhecimento — comentou.
Com mais de 400 mil metros quadrados de área, o sítio reúne aproximadamente 3.500 espécies de plantas e funcionou, durante 20 anos, como laboratório para o arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx, que viveu no local até a sua morte, em 1994, seis anos antes do tombamento do espaço.
O sítio funciona de terça a sexta, e tem visitas começando às 13h, 13h30m e 14h. É preciso fazer agendamento via e-mail (visitas.srbm@iphan.gov.br), e a entrada custa R$ 10. Durante o tour guiado, profissionais apresentam as espécies e contam a história de Burle Marx.
* Matéria publicada no site do jornal O Globo e republicada na íntegra. Confira aqui.
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