O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), e o Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, participaram de uma reunião nesta quinta-feira (12/05), a sede da Alerj. No encontro, eles falaram principalmente sobre projetos voltados ao Estado do Rio.
Japão e Brasil têm parcerias comerciais importantes, além de projetos em vigência que abordam questões de logística no estado. A Supervia, empresa responsável pelo transporte de trens no Rio, por exemplo, é controlada pelo grupo japonês Mitsui, que assumiu a sua administração em 2019.
A Alerj iniciou, este ano, um processo de investigação sobre os problemas de operação desse serviço, com a criação da CPI dos Trens. Durante a reunião, os representantes da embaixada do Japão informaram também acompanhar as dificuldades relacionadas ao funcionamento da Supervia.
“No Rio, temos pouco subsídio para transportes e a Supervia afirma contar com um déficit financeiro na administração das suas operações. Como resultado da CPI, é provável que seja necessário reestruturar o auxílio estadual”, comentou o presidente Ceciliano.
Prevenção de desastres naturais
O Japão também possui laços com o Rio na manutenção de estruturas de segurança e prevenção de desastres. “Há mais de dez anos começamos o desenvolvimento de estudos técnicos para prevenir deslizamentos. Já desenhamos dois modelos de contenção de barragem, com ferro e concreto, e estamos mapeando áreas de risco no Rio de Janeiro. Não queremos repetir tragédias como as que aconteceram na Região Serrana”, contou Hayashi.
Durante a tragédia de Petrópolis, em fevereiro deste ano, os especialistas do país asiático se uniram às autoridades brasileiras para expandir a cooperação no estudo dos impactos das mudanças climáticas. “O Japão e o Brasil têm questões semelhantes com deslizamentos, mas aqui também enfrentamos problemas sociais que dificultam as políticas de prevenção, como é o caso das moradias irregulares”, acrescentou o parlamentar.
Outro tema abordado na reunião foi a situação da pandemia de covid-19. Os representantes da embaixada do Japão acreditam que a contaminação pode ser um problema constante. Por isso, uma cooperação para uma possível prevenção anual da população está sendo estudada.