O deputado André Ceciliano (PT) declarou em entrevistas recentes, à rádio Tupi e ao Jornal Estações, que a reposição salarial dos servidores do estado está garantida. O presidente da Assembleia do Rio (Alerj) apresentou, com o deputado Luiz Paulo (Cidadania), o projeto de lei 4.680/21, para corrigir os salários do funcionalismo em 23% – índice acumulado desde a primeira adesão do Estado do Rio ao primeiro Regime de Recuperação Fiscal, em 2017. O projeto está na pauta de votações das próximas semanas, ao lado das mensagens do governo para renovação do acordo com a União.
“Nós conversamos com o governador e ele entendeu que a gente precisa, no mínimo, corrigir os salários desde 2017. É uma correção justa para os servidores que estão há anos sem reajuste”, comentou ao Show do Clóvis Monteiro, da rádio Tupi.
“Isso já está acordado com o governo: um reajuste retroativo na folha do funcionalismo será feito da seguinte forma: 50% creditados aos servidores em janeiro de 2022; 25% em janeiro de 2023 e 25% em janeiro de 2024. A partir de janeiro de 2022, toda correção salarial terá que se dar pelo IPCA”, comentou Ceciliano. “O plano impede o aumento salarial dos servidores, mas permite que haja reposição inflacionária. É isso que estamos propondo”, completou.
Ceciliano disse que as reformas enviadas pelo Governo do Estado serão alteradas pelos deputados para acatar demandas dos servidores, principalmente em relação aos triênios e a manutenção do abono permanência. “Já temos um entendimento que os triênios serão mantidos para os servidores que entraram até então. Isso já está acordado com os Poderes, não vamos tirar direitos dos servidores”, comentou. ”Nós temos que ter cuidado para que essa reforma não vire um tiro no pé. Imagina se a gente tem 50 mil novos servidores indo para o RioPrevidência, policiais, professores, entre outros. Vamos ter necessidade de concursar esses servidores, então precisamos fazer as contas.
“Nós vamos discutir os servidores, fazer as adequações necessárias, mas com o pé no chão. O antigo regime e todas as mudanças que a Alerj promoveu possibilitaram ao Estado dar uma respirada. Nós estamos saindo da inércia, o Estado está voltando a crescer e a arrecadação tem melhorado”, complementou.