Diante do crime ocorrido no último domingo, em que o militante bolsonarista Jorge Guaranho assassinou o petista Marcelo Aloizio de Arrruda, o pré-candidato ao Senado pelo PT do Rio, André Ceciliano, demonstrou ontem preocupação com o clima de violência na campanha eleitoral. Em entrevista ao programa “O Cafezinho”, afirmou que o país está diante de uma campanha que traz riscos, especialmente aos aliados do ex-presidente Lula.
-Não tenho dúvida de que estamos diante de uma onda de violência fascista. Desde o começo da disputa, eu ressalto o perigo para o ex-presidente. Veja bem: o sujeito (o assassino) foi para uma festa para a qual não foi convidado. Para mim, é uma questão que está só começando.
O pré-candidato afirmou ainda quer “prefere não acreditar” que as milícias estejam ajudando Bolsonaro. Mas ressaltou que, em territórios dominados pelo tráfico ou pela milícia há também a defesa do voto impresso porque “dá mais controle aos criminosos sobre a escolha dos moradores nas urnas”.
Ceciliano afirmou ainda que a vinda de Lula ao Rio e o ato na Cinelâmdoa mexeu positivamente com a sua pré-candidatura. E pediu cautela também a militância de esquerda, por conta de desentendimentos pontuais.Sobre sua pré-candidatura ao Senado, o petista voltou a dizer que existe acordo entre em direção nacional do PT e do PSDB.
“Eu mesmo falei ao presidente: o senhor não tem que se meter nesse acordo nem eu. Eu tenho minha base na Baixada. Há quatro meses não tinha nada. Não quero julgar ninguem que se acha mais esquerda que ninguém. Discurso não faz diferença para ninguém.”