Diretora do Circo Voador, Maria Juçá recebe Medalha Tiradentes

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Em clima de celebração democrática no Circo Voador, que reuniu mais de 300 pessoas, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), entregou na noite desta terça-feira (24/5) a Medalha Tiradentes à produtora cultural Maria Juçá Guimarães. Essa é a maior honraria concedida pelo Parlamento fluminense a pessoas que contribuem com relevantes serviços relacionados às causas públicas do estado.

Aos 72 anos, Maria Juçá está há quatro décadas à frente do Circo Voador, uma das principais casas de shows do Rio de Janeiro, responsável pelo lançamento de grandes nomes da MPB e do rock nacional. Também esteve envolvida em diversas outras iniciativas no estado, como o Distrito Cultural da Lapa, o Parque Lage, o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Paço Imperial, além de projetos culturais da Unicef e atividades socioculturais, como a implantação de escolas livres de educação e arte.

O presidente da Alerj destacou o importante papel social do Circo Voador para a cultura e as artes. “O Rio sempre foi o tambor cultural do Brasil. E o Circo Voador é lembrança de resistência, de ousadia. Este espaço também tem projetos sociais belíssimos e foi palco de tantas manifestações culturais importantes”, disse. O deputado lembrou de sua juventude, quando ia ao Circo assistir a Geraldo Azevedo, Celso Blues Boy e tantos outros artistas. “Sou apaixonado por música, artes e cinema”, comentou.

Ceciliano disse ainda que a homenagem à Maria Jucá foi aprovada pelos deputados por unanimidade em reconhecimento ao trabalho prestado por ela à cultura do estado. Ele lembrou de outras iniciativas de sua autoria em benefício da cultura, como a lei do ICMS da cultura para captação de recursos. “Tiramos a burocracia da Fazenda e passamos essa captação para a Cultura”, explicou.

Muito emocionada com a homenagem, Maria Juçá falou sobre importância de receber a Medalha Tiradentes num momento tão difícil para a cultura brasileira. “Esta homenagem faz a gente se reencontrar e se unir de novo. Vamos vencer. As ideias valem mais. Pessoas que têm ideias e que falam são temidas. Eu falo porque não tenho medo”, disse Juçá, que chegou a fazer greve de fome contra o fechamento do Circo Voador pelo governo municipal no final dos anos 90.

”Em um momento como este que estamos vivendo, em que a atividade artística é perseguida, desrespeitada e excluída do acesso aos processos de produção, ter meu trabalho de produtora cultural reconhecido como um relevante serviço prestado à causa pública é um incentivo a continuar na luta”, declarou a homenageada, que foi autora e produtora do programa Rock Voador em 1982, responsável pelo lançamento de muitas bandas.

A mesa em homenagem à Maria Juçá contou com a presença dos cantores Frejat e Tereza Cristina, do diretor teatral Amir Haddad e do produtor cultural Júlio Barroso, que discursaram relembrando o importante papel da homenageada e do Circo Voador para a cultura carioca e nacional. Houve também apresentações musicais e teatrais dos grupos Quizomba, Zamzar, Cia Livre Acesso, Orquestra Voadora, Acrobacia Aérea, Desenforca Tiradentes, Slam das Minas e Mística MST, terminando com o show do grupo Samba que Elas Querem.

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