Em carta aberta, Luiz Eduardo Soares destaca importância de se eleger André contra fascismo e tempos sombrios

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(Foto: Samir Rodrigues)

Em encontro capitaneado pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares, o candidato da Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB), André Ceciliano, recebeu o apoio de intelectuais, políticos e representantes de diferentes setores da sociedade na tarde de domingo (11). Diante dos convidados, Soares leu uma carta aberta em que pontuou a importância de se eleger André para o Senado, sobretudo, pela “incrível coragem” que impediu o avanço de pautas conservadoras na Alerj.

“O triunfo foi resistir em tempos tão sombrios e, em meio à tempestade fascistóide, promover avanços progressistas e democráticos”, disse Soares. “A luta de André também se fez com a palavra serena e afetuosa, com o sorriso doce e a empatia. Nem sempre a força e a firmeza estão onde parecem estar”.

Diante dos convidados, o anfitrião destacou que a eleição de André, Lula e Marcelo Freixo no Rio reforça os alicerces da democracia, sobretudo diante dos ataques que vêm sendo realizados por integrantes e apoiadores do governo federal. André, no encontro, lembrou a sua luta para evitar o desmantelamento da área de educação, numa crítica direta a setores que fazem ataques às universidades.

“Trabalhamos todo esse tempo para colocar o salário dos servidores em dia. Um trabalho duro nas universidades estaduais desde 2017. O Rio precisa de gente fazendo um lobby do bem para melhorar as condições e as oportunidades de todos que vivem nesse estado”.

André aproveitou a declaração de apoio para descartar seu perfil de conciliador para levar adiante projetos importantes, tanto no Executivo, como prefeito de Paracambi, como no Legislativo, como deputado e presidente da Alerj.

Ele ainda apresentou ações importantes que melhoraram a situação da população na área de saúde e da educação, como a criação da Fábrica do Conhecimento, que hoje atende mais de 10 mil alunos. “Fizemos um trabalho importante na atenção básica, assim como em relação à saúde mental. A população de Paracambi passou a ter seu direito de atendimento à saúde assegurado”.
 
Ainda no encontro, Soares destacou o respeito de André no tratamento de pautas da população LGBTQIA+, assim como em defesa das mulheres. Não é coincidência que os fascistas se opunham tão ferozmente ao que denominam “ideologia de gênero”. Eles não odeiam as mulheres, individualmente, mas o feminino como signo de um mundo que ignoram e temem, um mundo que poderia vir a ser hostil ao autoritarismo falocêntrico e à exploração mercantil. Eles odeiam o potencial de construção política do feminino. Eles odeiam a população LGBTQIA+ porque temem a subversão dos papéis tradicionais”.

Leia a íntegra carta aberta lida por Luiz Eduardo Soares:

“O que eu sei sobre André Ceciliano”

Luiz Eduardo Soares

“Nós vivemos sob o signo da guerra. Não por acaso, o poder é patriarcal. A violência é masculina. Mais de 90% dos assassinatos no mundo são cometidos por homens. Eles, nós, somos educados para terceirizar para o falo nosso valor. Por isso, ficamos, literalmente, pendurados na brocha. Inseguros, somos muito perigosos. Não é coincidência que os fascistas se oponham tão ferozmente ao que denominam “ideologia de gênero”. Eles não odeiam as mulheres, individualmente, mas o feminino como signo de um mundo que ignoram e temem, um mundo que poderia vir a ser hostil ao autoritarismo falocêntrico e à exploração mercantil. Eles odeiam o potencial de construção política do feminino. Eles odeiam a população LGBTQIA+ porque temem a subversão dos papéis tradicionais, promovida por quem ousa privilegiar a liberdade fluente do próprio desejo e experimentar a indisciplina no jogo das identidades. Às vezes, na esquerda, nós escorregamos, seja por negligenciar como “identitárias” as lutas que não compreendemos, seja por compartilhar preconceitos machistas (os quais não fazem a cabeça apenas dos homens). Não raro, cobramos postura esteticamente combativa de nossos representantes, exigimos que nossos candidatos ajam como guerreiros, gritem, hostilizem adversários, adotem a linguagem verbal e corporal do embate. O homem de esquerda se estiver na vida política, deve exibir disposição para o confronto. Com frequência, entre nós, há um veto estético a quem não se encaixa no modelo de inspiração militar. Um veto à fala mansa, ao estilo amável, ao articulador arguto que alcança finalidades estratégicas por meio da negociação, sem ardis e bravatas. Negociar não significa ceder, transigir, trair princípios e renunciar a compromissos, mas reconhecer com realismo qual a correlação de forças em cada caso e avançar, passo a passo, sem necessariamente cantar vitória. Foi assim que André Ceciliano, como presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, conquistou a vitória extraordinária que poucos estão vendo. Sem alarde, sem autopromoção, pé ante pé, sem dós de peito retóricos, sem brados doutrinários, com candura e respeito, fazendo valer a palavra empenhada. Foi assim, com essa incrível coragem de ser simples e gentil, que André impediu que a esmagadora maioria bolsonarista na ALERJ fizesse avançar suas pautas conservadoras. O triunfo foi resistir em tempos tão sombrios e, em meio à tempestade fascistóide, promover avanços progressistas e democráticos. Os exemplos são inúmeros. Não se enganem com o jeito modesto do André: o Rio de Janeiro pode dar ao Senado um dos mais competentes, sensíveis e leais políticos brasileiros. A luta também se faz com a palavra serena e afetuosa, com o sorriso doce e a empatia. Nem sempre a força e a firmeza estão onde parecem estar. A luta política muitas vezes pode ser vencida sem armas e gritos de guerra. O Rio está farto de sangue, fome e iniquidades. Chegou a hora da virada com Lula, Freixo e André Ceciliano”.

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