O pré-candidato ao Senado Federal pelo PT, deputado estadual André Ceciliano, concedeu uma entrevista à Revista Fórum nesta terça (05), em que falou sobre as eleições de 2022 e o impasse com o deputado federal Alessandro Molon (PSB). Nesta semana, Molon anunciou que vai manter a pré-candidatura ao Senado mesmo com o acordo partidário que garantiria ao PSB a indicação de um nome apenas ao governo do Estado. Nesta semana, políticos do PSB pediram a desistência de Molon, dentre eles o deputado federal Marcelo Freixo e o governador Flávio Dino.
“Muita gente do PT queria que eu fosse candidato a governador, mas eu respeito o acordo nacional. Eu tenho responsabilidade com o meu partido”, disse Ceciliano.
Ceciliano reforçou que a chapa de Lula no Rio é composta por ele para senador e Marcelo Freixo para governador. Na próxima quinta (7), o PT promove um ato público na Cinelândia para consolidar as pré-candidaturas apoiadas pelo ex-presidente Lula. “Molon vai subir no palanque apenas como presidente do partido”, contou.
O deputado ainda lembrou que Alessandro Molon abandonou o partido em 2015, durante uma das maiores crises do país. “O PT sabe que pode contar comigo. Nos momentos mais difíceis, não sai do partido. Enquanto alguns abandonaram, eu fiquei e fui candidato a prefeito. Nunca tive vergonha do PT”, comentou.
Questionado sobre as últimas pesquisas eleitorais, que mostram Molon bem à frente de Ceciliano, o petista foi direto: “Não tenho medo de pesquisa. Dilma chegou a ter mais de 50% em Minas Gerais. Aqui no Rio, César Maia era líder e perdeu. O Senado é o último voto do eleitor”, disse.
Relação com Cláudio Castro
Na entrevista, Ceciliano também foi questionado por sua relação com o atual governador do Rio, Cláudio Castro, que tenta a reeleição e está tecnicamente empatada com Freixo. “Minha relação com Cláudio Castro é institucional. Meu candidato é o Freixo. Eu represento o conjunto de deputados e deputadas da Assembleia e nossa relação é estritamente em prol do Estado do Rio de Janeiro”, comentou.