Após Marcelo Freixo elevar o tom, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino, também do PSB, reforçou a defesa do acordo para que Alessandro Molon retire sua pré-candidatura ao Senado e abra caminho ao petista André Ceciliano. A insistência do deputado federal para se manter na disputa quase inviabilizou o ato no Rio no qual Lula deve selar o apoio a Freixo na corrida ao Palácio Guanabara.
Dino afirmou publicamente em suas redes que a eleição de Freixo a governador do Rio “deve ser uma prioridade máxima do campo democrático e progressista” e disse que torce para que “todos os acordos sejam viabilizados em nome do objetivo maior”.
O ex-governador é um dos nomes de peso do PSB que endossam o acerto feito no início do ano, com anuência do presidente da legenda Carlos Siqueira, para a composição da aliança com o PT. O prefeito de Recife, João Campos, o pré-candidato ao governo de São Paulo Márcio França, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o deputado federal Danilo Cabral são outros cientes do acordo.
A exemplo da federação entre Rede e PSOL, o PT decidiu apoiar Freixo ao governo fluminense. Em contrapartida, quer que Ceciliano, atual presidente da Alerj, seja o nome da chapa ao Senado. A intransigência de Molon, no entanto, tem suscitado um mal-estar.
Tanto que Freixo, que aguardou a retirada espontânea de Molon, precisou explicitar no fim de semana seu apoio a Ceciliano.e
* Este texto reproduz na íntegra a matéria publicada no portal do jornal O Globo em 04/07/22.